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sexta-feira, 4 de março de 2011

VOZES DE HERÓIS

19 de dezembro de 2010. | N° 984 - NO CAMPO DE GUERRA - ClicRBS


Barbudos, Sujos e Fatigados - Soldados Brasileiros
 na Segunda Guerra Mundial

A Força Expedicionária Brasileira em luta pela conquista do Monte Castelo, na Itália, durante a
II Guerra Mundial, na participação do país contra a investida das forças nazistas


Os depoimentos dos pracinhas projetam um quadro bem realista de vários aspectos da guerra: o recrutamento, a preparação, a vida nas trincheiras, os embates com os alemães, a alimentação, a bravura, o medo, a saudade da família e a experiência cotidiana da morte: “As narrativas e textos produzidos por veteranos da FEB caracterizam-se pela honestidade e modéstia ao se pronunciarem sobre a campanha”, escreve Cesar Campiani. A seguir, depoimentos de alguns pracinhas e oficiais brasileiros, que compõem um impressionante painel da vida no front de guerra na Itália, na luta de resistência contra a investida nazista.

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Depoimentos


"De repente, percebi
como pode um soldado
sentir-se solitário na
sua trincheira, solidão
no meio de muitas
outras. Todos também
deviam sentir aquele
vazio, aquele terrível
vazio de estar vivendo
um pesadelo. Tudo fica
irreal e inconcebível.
São pensamentos bem
amargos; alguns, se
melhor examinados,
talvez não tivessem
razão de ser, mas
parecia-me tudo
desculpável. Eu
estava vendo, como
milhares de pracinhas,
o mundo através de
uma trincheira. E uma
trincheira tem mais
de amargo do que de
heroico. (...) A guerra
nada tem de heroico.
É triste, e a trincheira
é um dos piores
lugares da terra."

JOAQUIM XAVIER DA SILVEIRA, ex-combatente


"Patrulhas e mais
patrulhas deveriam
manter a atividade
da frente e a cada
patrulha o homem
morria e ressuscitava
a cada retorno.
Atravessar um terreno
supostamente minado
é o mesmo que
atravessá-lo minado:
um calafrio percorre
a espinha, e um suor,
mais frio do que os
outros, escorre pela
testa; a garganta se
resseca e vem um
gosto amargo na
boca. A tudo isso
hamávamos de ‘paúra’."

VICENTE PEDROSO DA CRUZ, ex-combatente da FEB na Itália


"Quando em ação
na linha da frente,
lembro-me de ter
tomado no máximo
oito ou nove banhos de
setembro de 1944 até
março de 1945. Banhos
em rio, no capacete ou
em bacia de rosto dos
talianos (...). Aliás,
a falta de limpeza
torna-se hábito, e
a sujeira, depois de
um certo tempo,
parece não sujar mais."

TENENTE CAMPELO DE SOUZA, ex-combatente


"A pior coisa da guerra
é ‘eu não te conheço,
você não me fez mal, e
eu tenho que te matar,
senão você me mata’.
Pra falar a verdade,
eu sentia dó dos
prisioneiros. Quando
o cara era prisioneiro,
para mim ele deixava
de ser inimigo."

ATTILIO CAMPERONI, ex-combatente da FEB na Itália


"Quando você ficava
muito tempo na
trincheira, se tirasse a
luva, os dedos gelavam
e endureciam, então
você precisava ficar
esfregando as mãos
para poder enfiar
o dedo no gatilho."


SANTOS TORRES, ex-combatente


quinta-feira, 3 de março de 2011

Participação de Eventos

 
 
Desfiles


Participação de desfile em Parobé RS


DIA DA VITÓRIA
 



SEMANA DO EXÉRCITO



Confraternizações


Solenidade de apadrinhamento no Serviço Militar do neto Vagner 
no 16° GAC de São Leopoldo-RS















Aristides e seus companheiros de serviço militar






















quarta-feira, 2 de março de 2011

Cartões postais e enviados da Itália


Cartão Postal Roma II Campidoglio

Cartão Postal da Itália Roma II Panorama della Basílica di S. Pietro

Cartão Postal Roma Via della Conciliazione S. Pietro
 
Cartão Postal Roma Via Nazionale


Cartões enviados da Itália para a sua família