Calendário

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Textos sobre a Segunda Guerra Mundial

Pelotão da FEB (Força Expedicionária Brasileira) em Camaiore, na Toscana (Itália);
cidade foi a primeira a ser conquistada pelos brasileiros em 1944

Pracinhas foram à 2ª Guerra sem preparo

Livro mostra que brasileiros que lutaram na Itália mal sabiam usar armas que recebiam do exército americano Para os americanos, deficiências causavam baixas desnecessárias a forças aliadas durante confrontos na 2ª guerra

RICARDO MIOTO

"Não precisa! Os meus meninos tomam aquela merda no grito!"

A frase é atribuída ao general Zenóbio da Costa, um dos comandantes da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra, sobre a necessidade de mais treinamento e planejamento para ir lutar contra os alemães.

A posição ajuda a explicar a falta de preparo dos brasileiros que foram lutar na Itália, conforme novas pesquisas estão revelando.

Elas mostram que os pracinhas mal sabiam usar as armas que recebiam do exército americano. Deixam claro, ainda, que os aliados chegaram a ficar preocupados com a pouca experiência dos colegas que chegavam para lutar na guerra.

"No Brasil, achava-se que uma semana no mato equivalia a treinamento de combate. Muitos acreditavam que a fanfarronice encenada em campanhas nas coxilhas ou nos tiroteios contra estudantes paulistas destreinados bastasse para enfrentar o Exército alemão", diz o historiador Cesar Campiani Maximiano, da PUC-SP.

Ele está lançando o livro "Barbudos, Sujos e Fatigados", pela Editoria Grua. Maximiano entrevistou 98 veteranos num período de 20 anos e levantou documentos históricos em arquivos civis e militares no Brasil e nos Estados Unidos.

Um desses documentos mostra que, em 1945, os americanos reclamavam que as deficiências de treinamento dos brasileiros causavam baixas desnecessárias às forças aliadas.

A motivação da bronca tinha sido um erro pueril cometido em 12 de dezembro de 1944 por um grupo de combate da FEB. Os brasileiros invadiram uma casa cheia de alemães, matando todos os inimigos.

Partiram, no entanto, sem inspecionar o porão. Um único soldado alemão ficara escondido por lá. Após a "lamentável negligência", ele, sozinho, metralhou 17 brasileiros pelas costas, matando todos eles.


FALTA DE MOTIVAÇÃO

Outros relatos dão conta de combatentes brasileiros brincando com minas antitanque em pleno acampamento militar, tentando descobrir o que era aquilo por sorte, ninguém se feriu.

Apesar desses casos, a tutela americana funcionou: os brasileiros acabaram tendo sucesso na maioria das 445 missões na Itália que executaram entre 1944 e 1945, fazendo mais de 20 mil prisioneiros inimigos.

Mas, talvez tanto quanto o seu treinamento militar, as motivações de muitos dos brasileiros para ir à guerra não eram muito fortes.

O veterano paulista Américo Vicentini, por exemplo, relatou ter ido para a guerra porque via nela uma chance de ir embora de Mato Grosso, sede do quartel para onde tinha sido transferido.

"Era um calor tremendo, de noite ficava mais quente do que de dia. Além disso, tinha tanta mosca que não tinha jeito de dormir. Aí pediram voluntários para ir para a Itália. Eu me apresentei. Aliás, todos os paulistas lá do quartel se apresentaram."

Um médico do Exército estimou que metade dos soldados não sabia dizer por que o Brasil estava em guerra.

A falta de motivação, no entanto, tinha outros motivos. Os pracinhas encontraram vários problemas ao chegar na Itália, como o frio, a comida ruim e, principalmente, as péssimas condições de higiene, em especial no front.

Fonte: Folha de São Paulo, domingo 03 de abril de 2011.



 

sexta-feira, 4 de março de 2011

VOZES DE HERÓIS

19 de dezembro de 2010. | N° 984 - NO CAMPO DE GUERRA - ClicRBS


Barbudos, Sujos e Fatigados - Soldados Brasileiros
 na Segunda Guerra Mundial

A Força Expedicionária Brasileira em luta pela conquista do Monte Castelo, na Itália, durante a
II Guerra Mundial, na participação do país contra a investida das forças nazistas


Os depoimentos dos pracinhas projetam um quadro bem realista de vários aspectos da guerra: o recrutamento, a preparação, a vida nas trincheiras, os embates com os alemães, a alimentação, a bravura, o medo, a saudade da família e a experiência cotidiana da morte: “As narrativas e textos produzidos por veteranos da FEB caracterizam-se pela honestidade e modéstia ao se pronunciarem sobre a campanha”, escreve Cesar Campiani. A seguir, depoimentos de alguns pracinhas e oficiais brasileiros, que compõem um impressionante painel da vida no front de guerra na Itália, na luta de resistência contra a investida nazista.

--------------------------------------------------------------------------------


Depoimentos


"De repente, percebi
como pode um soldado
sentir-se solitário na
sua trincheira, solidão
no meio de muitas
outras. Todos também
deviam sentir aquele
vazio, aquele terrível
vazio de estar vivendo
um pesadelo. Tudo fica
irreal e inconcebível.
São pensamentos bem
amargos; alguns, se
melhor examinados,
talvez não tivessem
razão de ser, mas
parecia-me tudo
desculpável. Eu
estava vendo, como
milhares de pracinhas,
o mundo através de
uma trincheira. E uma
trincheira tem mais
de amargo do que de
heroico. (...) A guerra
nada tem de heroico.
É triste, e a trincheira
é um dos piores
lugares da terra."

JOAQUIM XAVIER DA SILVEIRA, ex-combatente


"Patrulhas e mais
patrulhas deveriam
manter a atividade
da frente e a cada
patrulha o homem
morria e ressuscitava
a cada retorno.
Atravessar um terreno
supostamente minado
é o mesmo que
atravessá-lo minado:
um calafrio percorre
a espinha, e um suor,
mais frio do que os
outros, escorre pela
testa; a garganta se
resseca e vem um
gosto amargo na
boca. A tudo isso
hamávamos de ‘paúra’."

VICENTE PEDROSO DA CRUZ, ex-combatente da FEB na Itália


"Quando em ação
na linha da frente,
lembro-me de ter
tomado no máximo
oito ou nove banhos de
setembro de 1944 até
março de 1945. Banhos
em rio, no capacete ou
em bacia de rosto dos
talianos (...). Aliás,
a falta de limpeza
torna-se hábito, e
a sujeira, depois de
um certo tempo,
parece não sujar mais."

TENENTE CAMPELO DE SOUZA, ex-combatente


"A pior coisa da guerra
é ‘eu não te conheço,
você não me fez mal, e
eu tenho que te matar,
senão você me mata’.
Pra falar a verdade,
eu sentia dó dos
prisioneiros. Quando
o cara era prisioneiro,
para mim ele deixava
de ser inimigo."

ATTILIO CAMPERONI, ex-combatente da FEB na Itália


"Quando você ficava
muito tempo na
trincheira, se tirasse a
luva, os dedos gelavam
e endureciam, então
você precisava ficar
esfregando as mãos
para poder enfiar
o dedo no gatilho."


SANTOS TORRES, ex-combatente


quinta-feira, 3 de março de 2011

Participação de Eventos

 
 
Desfiles


Participação de desfile em Parobé RS


DIA DA VITÓRIA
 



SEMANA DO EXÉRCITO



Confraternizações


Solenidade de apadrinhamento no Serviço Militar do neto Vagner 
no 16° GAC de São Leopoldo-RS















Aristides e seus companheiros de serviço militar






















quarta-feira, 2 de março de 2011

Cartões postais e enviados da Itália


Cartão Postal Roma II Campidoglio

Cartão Postal da Itália Roma II Panorama della Basílica di S. Pietro

Cartão Postal Roma Via della Conciliazione S. Pietro
 
Cartão Postal Roma Via Nazionale


Cartões enviados da Itália para a sua família 


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Publicações no Diário Oficial da União, Diplomas e Certificado


Publicação da Medalha de Campanha, em 01/04/1946
concedida aos Oficiais e Praças da Segunda Guerra Mundial
Decreto-lei nº 6.795 de 17 de agosto de 1944
Diário Oficial da União - 1ª parte

Publicação dos soldados que receberam a Medalha de Campanha
Decreto-lei nº 6.795 de 17 de agosto de 1944
Diário Oficial da União - 2ª parte






SAR e Convite para homenagem ao Soldado


Serviço de Assistência Religiosa da FEB
 

Convite de Homenagem ao Soldado Aristides
22/01/1945


Cartão de Identidade de Soldado e Carteiras de Sócio da FEB








REVISTA E ACESSÓRIOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

CAPA



FOLHA DE ROSTO



ZONAS DE COMBATE



ACESSÓRIOS DOS EX-COMBATENTES VETERANOS DE GUERRA DA FEB



Artes de Carlos Alberto Pires